Assuão, Egipto
O sorriso triste seguia, conformado, o rasto seco das lágrimas de sal. Por vezes, sentia um desejo irracional de se deixar cair, mas a sua educação espartana mantinha-o firme entre os cantos da boca.
Nunca deixava de se corromper pelo suave toque lacrimal; nunca deixava de se martirizar por não lhe sentir o gosto. Mastigava em seco o dia em que lamberia uma gota que lhe contasse dos olhos. Os olhos que sempre lhe guiaram a expressão e que nunca saboreara.
Agora o lixo era tanto que rechaçava os ténues fios d'água pelas faces acima, crestando o rosto.
Conformadamente triste, continuava, no entanto, a ser um sorriso.
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