Sitges, Espanha
Bateram mais forte 3 vezes,
os 2 corações.
Era 6, e ficou marcado.
À primeira vista,
À primeira vista,
não deixaram de se ver à sexta.
Depois descansam.
Tem dois.
E não podem fugir das raízes do mar
nem do suor da vida marginal.
Os metros não são quadrados
e a única saída é entrar.
Não é um apartamento,
é um ajuntamento.
Apoia-se num pedestal
e move-se num deslizar felino.
Pontos de luz unem, tão fortes,
cada camada de assombro,
que só a custo
os olhos a reconhecem.
Até o colosso
se torna fraque.
Daqui não se vê
o outro lado do mar;
aquele onde a terra acaba
e o plano começa.
Lá, onde a costa é morna
e a lua doce como melaço.
Além, de onde a memória nunca volta
e onde nunca regressamos.
O recheio insufla o enchido.
Cada peça do serviço
pousada a passo,
sem a quebra de cabeças.
Em algodão fresco
repousa o trem.
Em vida com tantas pernas para andar,
calcemos-lhe uma boa sapatilha.
Um grande afago
de chocolate e pétalas
deixa um brilho no anelar.
Desenha-se um círculo,
um abraço connosco dentro.
Esta aliança não se cruza nem se prende;
envolve-se, paralela.
O jardim inclina-se, chorão,
em rebentos de alegria.
A primeira pedra lança o mote
e o granito protector aconchega a reunião.
Cheio de esperança,
o verde aguarda as luzes da noite
para se tornar imponente.
O coração
como um polvo sôfrego.
Abraços e regaços.
Aos que guardam, com a vida,
as fronteiras d’aliança.
Aos que estão sempre
onde olhamos.
O bombo estremece o peito.
O peito rebenta de alegria.
A alegria pega como rastilho.
O rastilho ensopa nas lágrimas.
As lágrimas caem nos copos.
Os copos enchem-se de calor.
O calor estala o bombo.
O bombo estremece o peito.