20090510
Florença, Itália
Era uma vez um homem só, que vivia num país cheio de uma língua muito distante da sua.
A toda a volta encostavam-se muros apertados que coavam as vozes da sua terra. Mesmo as suas memórias gritavam cada vez mais baixo, de tão mudas.
O homem só, gasto de tanto silêncio, deixou de ouvir. E de falar.
Foi então que, a meio de um gesto, deixou de se ver.
E ficou ali, vazio, mão estendida.
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