Kamakura, Japão
O pescoço taurino emergiu das águas trazendo consigo uma cabeça das mais redondas que se podem imaginar. Estava em paz, ondulando ao sabor agridoce da brisa soalheira.
Imaginavam-se dois olhos, pela atenção com que fixava a lonjura.
Alguns cínicos, agachados num ponto de vista mais seco, conjecturavam sobre o que escondia aquele pico de icebergue, mas nós, com uma experiência de anos à tona de água, sabemos bem que abaixo daquele pescoço hercúleo existe apenas uma longa corrente atada ao tampo de um ralo.
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