20100206

Uluru, Austrália qual é a coisa, qual é ela que se diz e por dizer, enrola a glote antes da língua do bolor raspa a penugem e aquelas manchas que custam a sair e desmancha os ombros encolhem mas não estão indiferentes ao frio que racha a fala todos são nada do que fui e regurgitam biscuit de fancaria que disponho religiosamente em escaparates de incineradoras onde me mostro e acabo também, diluído em nada meu, parasita hospedeiro sorrateiro sublimo aquela coisa, que faz franzir a pose e leva vara, manada e cardume dócil cubro-me de pele alheia e vou dando fisgadas em cada boca que se abre, escondido mas nunca sei qual é ela.

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