20100713

Porto, Portugal A solidão apoia-se numa só perna. Cada braço inerte esconde-se do outro atrás do corpo baço. Pergunta quem passa "Como se tem em pé?", alheios ao desequilíbrio que provoca tal arremesso. Um salto a pé-coxinho pressupõe uma esperança de elevação, ao início, e um desânimo cansado, na queda. Ou será antes uma vontade de se lançar no vazio logo agrilhoada por uma réstia de teimosia? O espelho baixa-lhe os olhos, pois traz a ilusão de partilha na franqueza de um retrato cru. A outra perna tem cãibras.

3 comentários:

blá blá bá disse...

Gosto do peso na perna direita.

delfim loureiro disse...

tenho tentado atingir maiores distâncias e consistência no salto, saltando com os dois pés:lanço-me num vazio, o meu abismo...

Gabriela Rocha Martins disse...

que espanto!
tornar.me.ei ,a aprtir de agora ,leitora assídua



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um beijo