20100713
Porto, Portugal
A solidão apoia-se numa só perna. Cada braço inerte esconde-se do outro atrás do corpo baço.
Pergunta quem passa "Como se tem em pé?", alheios ao desequilíbrio que provoca tal arremesso.
Um salto a pé-coxinho pressupõe uma esperança de elevação, ao início, e um desânimo cansado, na queda.
Ou será antes uma vontade de se lançar no vazio logo agrilhoada por uma réstia de teimosia?
O espelho baixa-lhe os olhos, pois traz a ilusão de partilha na franqueza de um retrato cru.
A outra perna tem cãibras.
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3 comentários:
Gosto do peso na perna direita.
tenho tentado atingir maiores distâncias e consistência no salto, saltando com os dois pés:lanço-me num vazio, o meu abismo...
que espanto!
tornar.me.ei ,a aprtir de agora ,leitora assídua
.
um beijo
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