Abu Simbel, Egipto
Puxo cada onda que se desfaz como mais uma coberta para cima do corpo. Descoberto, pela indiferença com que se é queimado vivo, assim o gelo me quebra.
O areal é imenso, no seu isolamento, e a pele esboroa-se em poeiras sílicas, cíclicas como a nortada. Mesmo os que voam sobre a podridão meditam aqui, alinhando as penas ao molhe.
Ao fundo, a névoa forma cargueiros sinuosos e faz parecer fácil uma vida sonhada no mar.
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